25.10.10

"Nesse país se respeitam as decisões pessoais"


Cartum do Laerte (clique para ver por completo) e textos de Helio Schwartsman, com quem concordo inteiramente. Gostaria até de me estender um pouco mais sobre esse assunto, até porque me interessa diretamente, pois tenho uma namorada que eu amo e respeito muitíssimo todos os aspectos dela que são significantes para o momento: a inteligência, a lucidez, a crítica e seu agnosticismo. Embora tomemos as devidas precauções para não engravidarmos (e uso a terceira do plural propositalmente), caso alguma eventual falha aconteça e ela venha a ser fecundada, o assunto certamente viria à baila. No momento onde os encontramos, traçando planos concretos para nossa vida futura, uma criança seria um incômodo seríssimo, ainda mais se levarmos em consideração que ela mora em Brasília (temporariamente em Belo Horizonte) e eu no Rio.

Embora minha opinião sobre o aborto seja clara, sou a favor, mesmo que fosse do contra é dela a palavra final, pois é dela o corpo. Pertence a ela o inalienável direito de julgar o que é bom para si ou não. E mesmo que eu fosse um daqueles religiosos cabeça fechada (duvido muito que ela se envolveria comigo nessas condições), não residiria em qualquer autoridade, seja eclesiástica ou legal, dizer para ela como a vida dela pessoal deve ser.

Enfim, prefiro me fazer entender por palavras melhores e argumentos mais bem construídos por uma erudição algumas escalas além da minha. Fiquem com a Pensata da Folha.

(1) Abortando o problema
(2) Abortando o problema 2, a curetagem
(3) Abortando o problema 3, o epílogo

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