20.2.08

Sobre divindades em cenários de RPG

Todo mundo que me conhece pessoalmente sabe que jogo RPG, meu hobby desde os 11 anos. Mas como a gente cresce e amadurece, evoluem também as formas críticas de enxergar as coisas. Dia desses estava pensando na possibilidade de se criar um personagem genuinamente ateu/agnóstico dentro de um mundo de fantasia, onde a magia e a divindade sejam fatores reais. Como não acreditar no que é óbvio, no que é rico em provas que o corroborem in loco? Insanidade, talvez! hehe

Hmmm... Isso me deu uma idéia pra um personagem...

Atualmente tenho jogado apenas D&D, pois meu grupo original de GURPS está com problemas para sincronizar os horários livres (todos vocês devem ter passado por isso, principalmente os veteranos). Isso me levou a conhecer um pouco mais o sistema de ano e meio pra cá e tenho observado algumas coisas curiosas.

Quanto ao teísmo o D&D é muito mais hermético no tocante à liberdade de um personagem ser ateu, já que a classe dos Clérigos e Paladinos é uma prova da existência de seres onipotentes (ou quase) dentro do cenário, já que são operadores de magia divina. Fora as aparições reais de avatares, milagres, intervenção real no mundo através de seus poderes etc.

Mesmo o GURPS, quando o cenário permite isso, o fato de ser um sistema genérico permite uma maior flexibilidade enquanto que para isso o D&D exige um uso mais abrangente e mais grave da Regra de Ouro. Ou seja, você pode abdicar da presença divina e seu personagem pode não acreditar, se assim desejar. Ainda assim, dada a característica de onipotência do próprio Mestre, muitas coisas podem acontecer que certamente colocariam um personagem em dúvida, já que o divino apenas se esconde atrás de um escudo de papelão e rola dados em segredo...

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