Canonização feita em casa
Ri sozinho durante cinco minutos ao ler essa receita do blog Ceticismo, ensinando como fazer um deus em 10 passos básicos. Depois de enxugar as lágrimas lembrei que, fora o extenso panteão criado para partidas de RPG, já tive minha experiência teogênica na distante oitava série.
Nessa época inventei de disseminar um boato para o dia 12 de junho. Era abril quando comecei a plantar (o boato!) aqui e ali que nessa data comemorava-se o dia de São Chaparral, padroeiro dos maconheiros, dos apreciadores de ganja e dos simpatizantes do cigarrinho do capeta. A história repercutiu além dos muros da escola e ganhou às ruas. Há uns anos escutei alguém falando no seu nome, mas nem sei se era o mesmo São Chaparral ou uma manifestação expontânea.
Como a essência das falácias e das lorotas são os detalhes, já no final do extinto segundo grau, completei algumas lacunas da história com dados mais fidedignos. A coisa ganhou ares de verdade quando anexei à lorota dados sobre a adaptação onomástica do nome Chaparral como sendo originado de Chamberlain, um padre jesuíta e missionário inglês que havia se desligado da ICAR e aderido as rastafarianismo lá pelos idos do séc XIX, em Georgetown, Jamaica.
São Chaparral, o primeiro santo apócrifo da igreja católica. Seu maior legado foi a introdução do defumador nas missas da liturgia católica e do consumo de hóstias salgadas ao final das cerimônias.
Amém.